domingo, 1 de junho de 2008

Cruz Credo: Pinheiro, César Borges e Varela!

A principal mercadoria do troca-troca soteropolitano são os cargos do governo estadual. Os fregueses são o velho PP (herdeiro direto da Arena e PDS); o PR de César Borges; e o PRB de Varela e da Igreja Universal. Todos históricos carlistas na Bahia. O negócio é mais ou menos o seguinte: Wagner dá uma secretaria estadual para César Borges botar alguém do seu PR; dá outra secretaria para o PP ser acomodado no mercado – mas, neste caso, tem que ser um Deputado Federal, pois isso abrirá uma vaga para um suplente. Este suplente, é claro, é o Bispo Marinho, da Igreja Universal e do PRB, partido de Raimundo Varela, candidato a prefeito que está cada dia mais disponível no mercado das negociações e poderá apoiar Pinheiro - que também cada dia fica mais evangélico. Cruz Credo!

Além disso, está também claro que este é um encaminhamento consensual no PT. Nenhuma de suas correntes ditas de esquerda colocou qualquer obstáculo, nem mesmo verbal. Como se vê, tudo dentro de profundos critérios programáticos e alto nível de identidade ideológica!

6 comentários:

Anônimo disse...

Velhos amigos da Força,
Ficou engraçado vocês postarem uma crítica ao Pinheiro por ele estar "cada vez mais evangélico", justo ao lado de uma foto do candidato do PSOL ao governo da Bahia acompanhado de... Heloísa Helena!!!! Vocês já foram mais coerentes.

Anônimo disse...

Eu nao entendi este primeiro comentário. Digo porque: Heloisa Helena nunca foi evangélica e Pinheiro, pelo que ouvi falar, é o orador principal dos cultos evangélicos dia de quarta-feira no Congresso Nacional. É considerado também um dos maiores coletadores de recursos governamentais para grupos evangélicos em Toda Bahia.

Anônimo disse...

O problema é que a referência ao fato de Pinheiro ser evangélico sugere, evidentemente, que isso é algo criticável de um ponto de vista de esquerda, uma vez que, em geral, as igrejas evangélicas têm posições conservadoras. Só que a guia geneial dos povos do PSol, retratada ao lado da nota em todo o seu heroísmo cintilante, é uma cistã cuja fé tem contornos evidentemente conservadores, o que já a colocou em confronto com as posições do partido mais de uma vez.
Então, que coerência há em criticar Pinheiro por sua religião, se vocês não fazem o mesmo com HH?

Anônimo disse...

Eu não escrevi a matéria e, portanto estou só dando minha opinião neste espaço. Inclusive já votei em Walter Pinheiro e, na época, ninguém nem sabia que ele era evangélico. Ele não tocava neste assunto. Depois virou praticamente um pastor, celebrando cultos!!!! Os comentários que ouço, principalmente de petistas, é que ele só faz isto por motivos eleitoreiros. Acho que tudo mundo deve respeitar a religião de todo mundo. O problema são estas práticas eleitoreiras. Heloisa Helena, todo mundo sempre soube que era católica, desde os tempos que era do PT e da Tendência DS - aliás, a mesma de Pinheiro. E ninguém, quando ela era da DS e do PT, nunca criticou por isso.

Anônimo disse...

Eu ouvi dizer até que Pinheiro não vai mais na Lavagem do Bonfim,por causa da presença dos cultos afro. Nisto, parece que ele tá igual a João Henrique, o destruidor de Terreiros. Talvez por isso Pinheiro queria tanto apoiar JOão Henrique até uns dias atrás.

Anônimo disse...

Eu acho que quem passou a ter contornos fortemente conservadores foi Walter Pinheiro. Primeiro, defendeu com unhas e dentes a continuidade de João Henrique na Prefeitura. Depois, tentou se aliar com o senador carlista Cesar Borges (PR), com também carlista Edvaldo Brito (PTB) e com o também carlista PP da Bahia - e não conseguiu nenhum dos três. Depois passou o rodo pelas costas dos aliados do PCdoB. Quer mais conservadorismo do que isto? Então tem mais: Pinheiro virou até defensor da fusão da Oi (Telemar) com a Brasil Telecom, ajudando a reforçar ainda mais o monopólio das teles no Brasil. Antes defensor dos trabalhadores da Telebahia, agora padroeiro dos lucros dos monopólios privados.