Com informações da Agência Estado
"O boicote [de Obama] nos deixou irritados", afirmou Jaribu Hill, diretora do Mississippi Workers Center for Human Rights. "Não vamos atenuar as críticas a Obama apenas porque ele é negro", disse.
Sem os Estados Unidos e cinco países europeus, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um acordo de combate ao racismo. Depois de uma turbulência política gerada pela presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, as Nações Unidas decidiram acelerar as negociações e, imediatamente, aprovar o texto da declaração que havia sido costurado nos últimos meses para tentar dar uma mensagem de compromisso na luta contra o racismo.
Sem os Estados Unidos e cinco países europeus, a Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou um acordo de combate ao racismo. Depois de uma turbulência política gerada pela presença do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, as Nações Unidas decidiram acelerar as negociações e, imediatamente, aprovar o texto da declaração que havia sido costurado nos últimos meses para tentar dar uma mensagem de compromisso na luta contra o racismo.
Ao contrário dos discurso incendiário de Ahmadinejad, o Irã cedeu nas negociações e aceitou incluir a palavra "holocausto" no texto do acordo. Para o Brasil e os países latino-americanos, o acordo é uma primeira tentativa de dar mensagem contrária à proliferação de medidas contra a imigração nos países ricos e um sentimento de maior tensão em relação aos estrangeiros.
A declaração está sendo vista pelas ONGs, pela ONU e por governos como a primeira tentativa de "curar as feridas" na relação entre Ocidente e islâmicos desde os atentados terroristas de 2001.Mas o problema é o artigo que aponta que os governos "reafirmam" as conclusões da primeira conferência contra o racismo da ONU, em Durban em 2001. Naquela ocasião, americanos e israelenses abandonaram a reunião quando os árabes propuseram que sionismo fosse considerado como racismo. Desta vez, os palestinos aceitaram que sua causa não fosse citada e que a única menção fosse a condenação de "ocupação estrangeira". Mesmo assim, isso não foi suficiente para evitar que Estados Unidos, Alemanha, Canadá e outros seis países boicotassem o encontro.
(...)"O boicote nos deixou irritados", afirmou Jaribu Hill, diretora do Mississippi Workers Center for Human Rights. "Não vamos atenuar as críticas a Obama apenas porque ele é negro", disse.
Afrodescendentes e homossexuais - Quem não obteve o que esperava foi a comunidade homossexual, que pedia que o texto condenasse a discriminação baseada em orientação sexual.
Os principais opositores foram o Vaticano e os países islâmicos. O governo brasileiro acabou desistindo de incluir o ponto no acordo.
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