segunda-feira, 27 de abril de 2009

Governo de Roraima prende soldado baiano dirigente nacional de policiais militares

Após 24 dias de greve, o movimento dos policiais e bombeiros militares de Roraima construíram um acordo com o governo para o atendimento de sua pauta de reivindicações salariais e alterações na legislação da categoria.

Os grevistas chegaram a ficar aquartelados em três municípios do Estado. Em Boa Vista, o prédio do Comando de Policiamento da Capital (CPC) foi ocupado por policiais e seus familiares.
Após longas e cansativas rodadas de reunião do comando de greve dos policiais militares com os comandantes das corporações militares, representantes do governo do Estado, Ministério Público, parlamentares e dirigentes de movimentos sociais, foi construído um acordo que garantia o atendimento da pauta. O principal impasse nas negociações era uma das cláusulas do acordo que tratava sobre a anistia para a punição disciplinar militar para os grevistas, exigido pelo governo e questionado pelo promotor público. Os PM's queriam a garantia de que não seriam punidos, conforme entendimento com o governo, mas os comandantes resistiam.
No entanto, após o acordo e a suspensão da greve, os comandantes abriram um Inquérito Policial Militar e o coronel presidente do IPM exigiu a prisão preventiva de Marco Prisco, Soldado da PM-BA e dirigente da ANASPRA, alegando que sua liberdade significa uma ameaça à ordem pública.
Marco Prisco, que também é coordenador nacional do Movimento Terra, Trabalho e Liberdade (MTL), está preso na Penitenciária de Monte Cristo, reconhecida como uma prisão extremamente violenta, o que significa uma real ameaça à sua integridade física.
A coordenação do movimento está acompanhando o processo e articulam com parlamentares e dirigentes nacionais a libertação de Prisco.

Um comentário:

Everton disse...

Em 2001 vivenciei uma experiência parecida aqui na Bahia, quando conheci o SD PM Prisco, jovem, guerreiro e sonhador. Fui acusado de liderar a greve, juntamente com um sargento e sofremos muito com isso.Conversei muito com Prisco da responsabilidade que é discutir mudanças num dos fundamentos básicos do Sistema, ou seja, A Segurança Pública e parece que ainda não fui ouvido, peço que DEUS o proteja e que a justiça seja feita...