
A CSS, assim como a CPMF, punirá os mais pobres, porque será incorporada aos preços de todos os produtos de forma cumulativa, pois cada etapa produtiva pagará os 0,1%. Enquanto isso, os investimentos em dívida interna e Bolsa de Valores estariam isentos. Por isso, o argumento de que a CSS possibilitaria a fiscalização das transações financeiras (para combater a sonegação e a lavagem de dinheiro) não faz sentido, até porque, se o objetivo fosse esse, bastaria que o governo instituísse, para todos, uma contribuição simbólica, de 0,01% ou menos.
Além do mais, caso fosse realmente necessária nova fonte de recursos para a saúde, seria muito mais justo acabar com recentes isenções escandalosas que beneficiam os mais ricos, tais como as isenções de IR sobre a distribuição de lucros ou sobre os elevados ganhos dos estrangeiros com a dívida interna.
A verdade é que estamos diante de uma opção política: manter a lógica de submissão ao capital financeiro e às altas taxas de juros, que ocasionam sangria de recursos do país em benefício do grande capital, ou romper com este modelo, priorizando-se as áreas sociais, como a saúde.
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