Hoje domingo 17 de fevereiro 2008, às 13h em ponto os povos indígenas, Pataxó Hãhãhãe e Tupinambá, assistidos pelos Payayá desocuparam as instalações do órgão da FUNASA em Salvador, Ba.
Mediante acordo avaliado como vitorioso pelas lideranças. Na costura do acordo destacaram-se a Cacique Ilsa Rodrigues, dos Hãhãhãe; o Cacique Gilson Amaral, dos Tupinambá de Olivença e Juracy Santana do Hãhãhãe. Além dos caciques, verdadeiros representantes dos povos, que se eleja a feliz atuação de Luz Titia, liderança dinâmica e de grande habilidade. Soube bem superar a arrogância dos coronéis-burocratas e controlar o espírito do seu povo presente, levando a bom termo os objetivos propostos.
Os dias de ocupação foram tensos, ansiedade, difíceis explicações.
Quanto ao acordo assinado pelos coronéis-burocratas e os caciques, a desocupação se daria até as 13h, porém as 11 horas a reunião de avaliação no 7° andar do edifício da FUNASA, comandada pelos caciques foi interrompida bruscamente pelo Sr. William Dell’oso, coordenador Regional da FUNASA, estava acompanhado por sua equipe, tal como o general de brigada, pisando duro passou sem pedir licença entre os índios sentados no chão, exigindo a retirada imediata. Ameaçava com a imprensa e a polícia. Imediatamente o clima, que era calmo, uma avaliação positiva, dizia-se do procurador da República abdicara de assistir seu filho doente para estar por muitas horas junto aos índio, porém, a atitude do Sr. Dell’oso recrudesceu os ânimo, por pouco a coisa não incendiou. Foi alegado da arrogância preconceituosa para com algum índio do tipo , “sai da frente negão”.
Segundo ficou dito o Sr. Jorge Araújo chefe do DSEI havia desestimulado através de telefonemas a presença de outras etnias da Bahia, usando falsos argumentando. Seria que, os Pataxó Hãhãhãe e o Tupinambá haviam procurado apenas vantagens para seus povos e esquecido as demais etnias.
Segundo Luiz Titia esta infâmia precisa ser reparada: “A nossa luta é pela melhoria geral da assistência da saúde dos povos indígenas e não de nossas etnias não somos egoístas para fazer uma coisa desta” – dizia irado.
Enquanto Titia gritava cheio de magoa a Cacique Ilsa apontando balançava o termo de compromisso com 20 cláusulas e dizia “ Ele mesmo (Jorge Araújo) assinou o que está aqui” e sacudia o documento.
Os índio voltam para suas aldeias esperando que os poderes públicos se reabilite de tantas promessas ocas, tantas mentiras, tantos descaso para com as comunidades indígenas.
II
Em resumo, estes são compromissos assumidos pela A FUNASA: Reconhecendo a deficiência de verbas, comprometeu-se em realizar o censo indígena e o diagnostico em todo o estado da Bahia, tudo em 60 dias. Compromete entregar aos Hãhãhãe aos Tupinambá veículos a começar pelo prazo de 5 dias da data de 16/02/08 ontem. Compromete para todos os povos dar maior orientação e capacitação aos seus profissionais. Ainda prestar conta dos recursos junto aos hospitais conveniados. Reavivar os conselhos de saúde local e garantir as verbas para as reuniões. Contrato com as farmácias, funerárias, , óticas. Coibir os abusos dos funcionários. Garantir a quantidade de AIS e AISAN de acordo com a área de cobertura. Se compromete a enviar o chefe do DSEI e o chefe do DIESP para realizar estudos nas comunidades Hãhãhãe e Tupinambá. Compromete manter veículos-plantão 24h para transporte de paciente. Compromete-se em 15 dias disponibilizar um veículo no pólo de Ilhéus, manter outros em Itabuna, Pau Brasil e Jacaraci. Reiterara pedido já feito de 5 ambulâncias, verificar a trafegabilidade das demais ambulâncias. Compromete-se com a valorização da cultura tradicional indígena. Compromete-se divulgar os resultados das reuniões sobre financiamento para formação de indígenas na área de saúde, realizadas em Brasília. Favorecer as comunicações nas aldeias através do projeto VIGISUS.
Juvenal payayá
www.juvenal.teodoro.blog.uol.com.br
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