A apresentação da pré-candidatura de Hilton Coelho a Deputado Estadual do PSOL da Bahia, na última sexta-feira (21 de maio), foi considerada um grande sucesso pelos organizadores e todos os presentes no evento. Foram cerca de 300 pessoas dos mais variados setores e movimentos sociais da capital e do interior, que lotaram o auditório da Faculdade de Arquitetura da UFBA.
Representantes de muitos movimentos como o sindical do setor privado e servidores estaduais, municipais e federais, sem teto, indígena, estudantil, cultural, sem terra, LGBT, negros e negras, feminista, meio ambiente e outros, vindos de 21 cidades baianas. Também presentes vários pré-candidatos a deputados estadual e federal do PSOL, além dos pré-candidatos a governador, Marcos Mendes e ao senado, Luiz Carlos França.
Segundo a coordenadora do ato, a militante feminista Zilmar Alverita, o evento cumpriu plenamente os objetivos: “além de abrir o debate sobre o programa do seu mandato, mostrou a força da pré-candidatura de Hilton num momento em que a campanha ainda não começou e foi um ato de luta, de manifestações culturais, de alegria e de congraçamento de lutadoras e lutadores”.
No seu pronunciamento, Hilton Coelho (o “Hilton 50” da campanha a prefeito de Salvador) ressaltou que a “esperança de transformação da sociedade brasileira” criada pelos governos de Lula e Wagner “foram jogadas na lata do lixo”, gerando “a falta de perspectivas e a tragédia social que o Brasil e a Bahia vivem”. Para ele, é preciso resolver a questão da dívida pública, “que enriquece os banqueiros” e uma profunda Reforma Tributária, pois a atual política de impostos cumpre a função de “Robin Hood às avessas. Arrecada do povo e o grosso acaba destinado aos grandes empresários que quase não pagam impostos. Os mesmos que financiam as campanhas do PT e dos partidos conservadores em geral”.
O pré-candidato a Deputado Estadual do PSOL denunciou os “projetos falaciosos do governo como a Transposição do RIio São Francisco, o Porto Sul e os de moradia”, entre outros, “que não colocam a verdade para o povo”. E apresentou propostas que visam mudanças no modelo produtivo, e nas políticas de emprego e renda, de saúde, educação e moradia, meio ambiente, saneamento e combate à violência e denunciou o arrocho dos servidores públicos.
Foi muito aplaudido quando disse que, se eleito, “nosso mandato vai ser muito poderoso porque não vai ser a exaltação da personalidade, mas um ponto de encontro dos lutadores e lutadoras para ajudar a articulação dos movimentos sociais e estar de fato ao lado das lutas do povo e dar respostas à altura”. Disse ainda que “enquanto as campanhas deles serão feitas com a compra de votos, nós temos a capacidade de convencimento e vamos montar uma rede de convencimento para alcançar a vitória”.
Finalmente, como sempre fez desde a campanha para Prefeito de Salvador em 2008, destacou a Resistência Indígena, Negra, Feminista e Popular nomeando os exemplos dos povos indígenas, dos quilombos, dos heróis da Revolução dos Alfaiates e de Canudos.
Sua pré-candidatura foi dedicada a Evaldo Macedo de Oliveira, companheiro de lutas no começo de sua militância, que completou 20 anos de falecido em fevereiro deste ano.